Nos mudamos lá pela segunda semana de dezembro, ficamos em terras paulistanas por no máximo duas semanas, e ainda assim, meio lá, meio cá, meio dormindo no apartamento, meio esquecendo coisas e tendo que ir buscar em Caieiras.
Então veio o "recesso", em que trabalhei, mas pude fazê-lo remotamente, ou seja, nos pirulitamos pra casa de mamãe e lá ficamos durante as festas, até o dever nos chamar.
Dessa vez trouxemos na mala, junto com as roupas e alguns utensílios de cozinha, a determinação de recomeçar a reeducação alimentar e de planejar nossos jantares - e consequentes almoços - no começo da semana, não só pra nos alimentarmos de fato de maneira saudável, mas pra não termos que ir todo santo dia no supermercado e chegar no apartamento no mesmo horário que chegaríamos em Caieiras.
Estou muito feliz em dizer que: estamos ownando essa parada de planejar jantares saudáveis.
Nessas quase duas semanas, sem essa de modéstia, fizemos receitas MUITO gostosas, daquelas de colocar com gosto na marmita pra comer de novo no dia seguinte.
Por isso estou sentindo tanto em ter deixado a Brigitte - minha máquina fotográfica bonitona que eu mal sei usar direito, mas que faz milagres - em Caieiras. De todas essas receitas só fotografei a deste post e com a câmera vagabinha do meu celular, mas ficou tão, tão, tão gostoso que eu vou pedir a você, leitor, leitora, compreensão. Não julgue a qualidade das fotos, faça a receita e entenda porque estou postando mesmo com essas fotos porcaria.
Receita oriunda do livro Receitas Dukan.
*Ingredientes
300g de ricota fresca light
1 maço de espinafre
2 colheres (sopa) de farelo de aveia
1 colher (sopa) bem cheia de requeijão light 0% de gordura
Molho de tomate fresco
Sal e tempero a gosto
*Modo de preparo
Você já cozinhou espinafre? Um maço inteiro, cheio de folha, vira uma pelotinha verde mirrada depois de cozido. Então usei dois maços de espinafre em vez de um e não fez mal nenhum. Comecei do comecinho, sem mãe pra lavar o espinafre tive que fazê-lo eu mesma, lavei, separei folhas ruisinhas e coloquei pra cozinhar. Virou uma pelotinha verde mirrada, mas uma pelotinha de respeito.
Enquanto o espinafre cozinhava a Priscila chegou e tomou a tarefa de amassar a ricota com o garfo para si. A pelotinha verde mirrada foi cortada e misturada à ricota. Como eu, obviamente, esqueci de colocar um pouquinho de sal na água que cozinharia o espinafre, salgamos aqui, só um pouquinho, a mistura de ricota e espinafre.Chegou a vez de misturar o farelo de aveia e o requeijão. Pra temperar usamos sal e azeite, nem nosso adorado orégano entrou na dança dessa vez.
Agora é a parte chata - e completamente desprezível, vejam bem - de fazer bolinhas com a ricota temperada e colocá-las em uma forma, jogar um pouco de molho de tomate - que eu não sei dizer se era fresco ou não e se tivesse que apostar, apostaria no não - por cima e levar pro forno por uns 10 minutos pras bolinhas esquentarem e encorparem um pouco.
Aproveitei pra tomar um banho rápido.
Quando olhamos a quantidade de "nhoque" que deu, desanimamos. Não ia sobrar pro almoço. Mas a sista econômica falou "enche a cumbuquinha, se a gente quiser mais, a gente pega" e nessa sobrou uma quantidade razoável na forma, quantidade essa que foi parar nos nossos potinhos de marmita! Isso porque, diferente do nhoque tradicional, de batata, a ricota preencheu nossos estomaguinhos rapidinho e nos deixou satisfeitas, mesmo comendo pouquinho.
Por isso, meus amigos, façam essa belezinha, esse presente da natureza. Mesmo se você não estiver a bordo do barco da reeducação alimentar, se você for uma pessoa de bem, vai gostar deste "nhoque".
xx
P.S.: se a preguiça bater, não faz bolinha coisa nenhuma, "masseta" a ricota numa forma, joga o molho de tomate por cima, da uma esquentadinha e manda ver. Certeza que na forma paralelepipédica (eu pesquisei no google pra não falar besteira) fica tão bom quanto na forma esférica sugerida pela receita original ;)