sexta-feira, 25 de julho de 2014

O desastre do Pão Panda

Estou aqui hoje para publicar o maior fracasso desse blog desde o Macarron, o Pão Panda.

Era pra esse pão ser mágico e representar com dignidade os dias 18, 19 e 20 de julho de 2014, o final de semana do youpix com os meninos do Papricast e vários ouvintes do programa reunidos em São Paulo. Um grande final de semana. Um final de semana memorável. Um final de semana da amizade à primeira vista.
Mas como que pra dar um tapa na minha cara e mostrar que o final de semana perfeito não vai mais voltar, a porcaria do pão praticamente cometeu suicídio. Foi como se eu estivesse sacrificando filhotes de panda junto com o Leonardo.
Mas sabe o que me deixaria um pouquinho mais feliz? Se você, leitor guerreiro desse blog, baixasse um episodiozinho do Papricast, como forma de honrar o panda que partiu da cozinha da minha mãe para um lugar melhor.

Receita original do pão no Cybercook. Se o seu objetivo for fazer um pão normal vá em frente. Se for fazer pão panda NEM CLICA NO LINK.
Esquemas do panda no Receita na Rede.

*Ingredientes
500 ml de Água morno(a)
1 kg de farinha de trigo
1 unidade(s) de ovo
20 gr de fermento biológico fresco
2 colher(es) (sopa) de manteiga
2 colher(es) (sopa) de açúcar
1 colher(es) (sopa) de sal
+ corantes

*Modo de preparo
Um dos meus grandes prazeres culinários é fazer pão. Ver a massa aguada tomando forma, ficando gordinha, soltando da mão e crescendo. Dessa vez não foi diferente, pena que essa sensação de "MEL DEEELLLSS como eu amo fazer pão" não durou a receita toda.

Tudo começou porque eu queria fazer um pão panda por causa da vinda do Papricast pro Youpix (eu não vou explicar o que pandas tem que ver com o programa, você vai ter que escutar pra entender) e topei com a foto da receita do pão panda, que como a maioria das receitas que existem por aí, fez com que eu achasse que fazer com que pedaços de pão de cores diferentes acabassem com formato de panda era muuuuito fácil.
A primeira receita que eu achei era pra fazer na máquina de pão, mas eu não tenho uma máquina de pão, então, vejam só a ironia, achei arriscado fazer a receita específica pra máquina na mão, em contra partida, pensei que não teria problema nenhum pegar uma receita completamente aleatória de pão, tingir e moldar como aquela foto mostrava. Primeiro (e fatal) erro.
O pão em si foi fácil. Diluí o fermento no açúcar. Quando você lê essa instrução na receita ela parece bizarra, como eu vou diluir uma coisa sólida em outra coisa sólida??? Mas depois de misturar o fermento com o açúcar ele começou magicamente a derreter (olha a pocinha dele perto da colher na primeira foto da direita) e virar uma aguinha doce de fermento. Aí acrescentei o sal, o ovo, a manteiga, mais ou menos metade da água amornada no microondas, um pouco de farinha e comecei a mexer.
Como eu tinha que fotografar o progresso da receita e, dessa vez, não tinha ninguém pra me ajudar, mexi a massa até onde deu com a colher de pau. Fui colocando farinha aos pouco e mexendo, farinha, mexida, farinha mexida, até que não deu mais. Raciocinei e, em vez de deixar a farinha no saco, coloquei-a num copo, um utensílio que eu conseguiria manusear, mesmo com as mão camufladas pela massa do pão. e continuar o processo farinha-mexe, que agora tava mais pra farinha, aperta, esmaga, faz squich e fica feliz.
Quando a massa finalmente desgrudar da sua mão, ta pronto!
Ah, que feliz eu seria se tivesse simplesmente separado a massa em três partes, deixado crescer e ter colocado pra assar.

Na minha cabeça, meu pão estava prestes a virar um panda, mas aí eu cometi o segundo erro: tentar deixar uma parte da massa marrom.
Primeiro tentei da maneira que me parecia mais obvia e menos passível de fracasso, com achocolatado. O achocolatado começou a derreter e grudar na minha mão, na bancada, na lateral do microondas, mas nem parecia tentar deixar a massa marrom, pelo menos não da maneira uniforme como eu precisava. Abandonei o achocolatado e tentei alguma coisa mais hard: corante alimentício, terceiro erro.
Eu tinha corante marrom? HA-HA-HA. Tinha roxo, azul, verde, laranja e rosa, mas não tinha marrom. Aí meu cérebro deu uma pane e eu achei que misturando LARANJA e AZUL ia conseguir a cor desejada. Quão grande não foi minha surpresa quando o pão começou a ficar VERDE! Tentei ser positiva, não era a cor que eu queria, tava meio manchado, meio com cara de mofo, mas já não estava mais na cor original da massa. Ia servir.
Agora eu precisava de uma terceira cor pra fazer a moldura do panda. Percebam a minha inocência em achar que as coisas ainda dariam certo. Separei mais um teco da massa e resolvi deixá-la laranja, só laranja. No mesmo esquema mão e bancada coloridas e pão manchado, mas eu tinha, agora, 3 pedaços de massa de cores diferentes, só faltava modelar o panda.
Meu quarto erro foi não calcular o tanto que a porcaria do pão ia que crescer antes de ir pro forno e o quanto ele cresceria enquanto assava. Quando moldei porcamente o panda ele ficou quase com o tamanho que deveria ter ficado depois de assado, mas as massas de cores diferentes já tinham começado a grudar e se fundir quando eu me dei conta disso e não dava mais pra arrumar.
Foi aí que eu comecei a aceitar que talvez o pão panda fosse um fracasso.

Depois da massa descansar e crescer coloquei no forno pra assar. Ela cresceu ainda mais e eu cometi o quinto erro: achar que o pão estava assado, tirar do forno e desenformar da maneira mais eficiente que eu conhecia, "despejando" o pão em outra forma. Se eu tivesse previsto o que aconteceu quando o pão saiu da forma 1 e aterrizou na forma 2, teria filmado. Meu pão murchou, como um pneu furado, quase deu pra ouvir o prprprrprpr do ar saindo. O panda dentro daquela massa tinha acabado de partir dessa pra uma melhor.
O que aconteceu? O pão ainda estava cru por dentro.

O conformismo tomou conta de mim e fiz a única coisa que eu poderia ter feito: uns cortes na massa pra ela assar por dentro e voltei o cadáver de panda pro forno.
Terminei com um pão deformado e com cores estranhas. Tava com gosto de pão, mas definitivamente não era um pão panda. T_T

Se você prestar atenção da pra ver o que eram os olhos e as orelhinhas

xx

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Inspiração - I could kill for dessert

Não foi na primeira, nem na segunda, talvez na terceira vez que eu vi o anúncio do canal Cozinha Bossa & Malagueta no youtube, resolvi clicar pra ver qual era. Cai numa receita de cookies.
Não sei se eu comentei sobre meu recente ~problema~ com cookies. Desde que me mudei pro apartamento tentei fazer cookies umas 3 vezes e TODAS deram errado. Aquela mesma receita que eu postei aqui há eras e que sempre deu super certo, mesmo com ingredientes vencidos, ehen antigos se virou contra mim e transformou meus cookies em bolachas. Uma amiga minha disse que pode ser o forno. Provavelmente é o forno, mas o que importa é que eu não podia deixar uma nova receita de cookies passar incólume por mim, uma que eu poderia testar e que talvez desse certo no forno do apartamento.
Receitas de cookies que dão certou ou errado a parte, o tal vídeo me levou pro I could kill for dessert e, devagarinho, explorando os posts sugeridos e os menus laterais, percebi que se tratava muito mais de um site super completo sobre culinária do que de um blog com receitas.
Ainda estou explorando mas, além das receitas, o ICKFD trata de milhares de assuntos relacionados a culinária, segredos pra cada tipo de comida, literatura culinária, utensílios de cozinha, roteiros gastronômicos em mais de 10 cidades do mundo!
Em fim,  lindo, to apaixonada, quero mergulhar numa piscina de I could kill for dessert.
























quinta-feira, 10 de julho de 2014

Manteiga de Amendoim

Eu sou a única que tenho dificuldades pra encontrar manteiga de amendoim pra comprar? Sou a única que, quando encontra, acha um disparate pagar R$18,00 por um potinho com amendoim moído? Espero que não, porque se eu for, esse post perde 78% de sentido.
Mas tenho fé que não estou sozinha na busca pela peanutt butter barata, para incorporá-la às nossas dietas com banana, maçã, torradinha ou pura, na colherada mesmo. Este post, minhas amigas e amigos, nos libertará do monopólio da manteiga de amendoim industrializada, que vem com uma faquinha de brinde, não para nos auxiliar no processo de depositá-la sobre o pãozinho, mas para perfurar nossos bolsos já tão esfarrapados.
Manteiga de amendoim caseira... é possível!

Receita original: OuiOui Saudável

*Ingredientes
Amendoim torrado sem casca e sem sal
Açúcar/adoçante (se você quiser, e eu acho que você vai querer)

*Modo de preparo
Coloque o amendoim no liquidificador, ligue o liquidificador e só desligue quando o amendoim virar manteiga!
Não, mentira.
Não é de todo mentira, macroscopicamente falando, é isso, mas vamos aos detalhes.
Fiz manteiga de amendoim duas vezes até agora, uma no apartamento e outra na casa da minha mãe e decidi que a casa da minha mãe virou o lugar oficial de fazer manteiga de amendoim, pelo menos por enquanto, porque o liquidificador dela é significativamente mais potente que o meu, o que descarta a necessidade de meditar antes de ir pra cozinha.
Meditar? É.
Assim, além de um liquidificador e amendoim, você vai precisar de paciência. Não colocar todo o pacote de amendoim de uma vez no liquidificador é a primeira dica, nem no liquidificador da minha mãe isso foi possível, então dividi os grãozinhos em três porções, batidas separadamente. Agora o processo se resume a: liga o liquidificador, deixa bater um pouco, desliga, empurra os amendoins que tentaram fugir paras colinas (laterais do copo do liquidificador) pro meio do vuco-vuco de volta e liga de novo. Repita esse processo até que você achar que o amendoim virou uma pasta, aí faz tudo de novo mais umas três vezes, pra garantir. Confia em mim, você não vai querer sua manteiga de amendoim no ponto errado.
Eu coloquei umas quinze gotas de adoçante depois de já ter colocado a manteiga no pote em que ela ia ficar, porque achei que não ia misturar direito no liquidificador. Se você for colocar açúcar, suponho que seja melhor fazê-lo no início do processo, pra ela bater junto com o amendoim.
E pronto! Uma mar de possibilidades ~receitísticas~ acabou de se abrir a sua frente pelo preço de um pacote de amendoim torrado sem sal. :)

Se dá pra fazer com processador? Não tenho processador pra testar, mas talvez seja até mais fácil. Se alguém fizer e der certo, me avisa.



xx

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